segunda-feira, 4 de julho de 2011

Paciência tem limite!

Nesses tempos de topetes coloridos o torcedor começa a sentir saudade de quando a seleção fazia barba, cabelo e bigode dos adversários.

Ele começou com a bola cheia, trazendo um monte de caras novas pra seleção como Jucilei, Elias, Sandro, Jadson, mas na hora da “onça beber água” foi chamando um por um do time do ex-treinador : Elano, Maicon, Lucio etc_até que finalmente conseguimos achar uma cara pro time do Mano: O time do Dunga acrescido das obviedades, Neymar e Ganso.

Ou seja, a renovação tão propagada por Mano nos quatro cantos da Globo acabou não acontecendo. Pra se ter uma ideia, a renovação feita por Dunga em 2006 contou com 12 jogadores e a de Mano com apenas 5. Dunga renovou mais, conforme já se sabia, pois era o fim de uma geração dos pentacampeões Cafu, R. Carlos, Ronaldo etc_ e teve o mérito de potencializar o futebol de alguns jogadores até então medianos, armar um esquema em cima das características do craque principal (Kaká) e ainda padronizar a forma do time jogar – forte na defesa, explorando a velocidade e atacando em bloco, onde todos faziam gols.

A única diferença de Mano Menezes para o antigo treinador talvez seja mesmo a elegância, a fineza no trato e sem dúvida nenhuma o apoio Global. Ah, e as vitórias, claro: Enquanto a seleção de Dunga ganhava dos nossos adversários tradicionais como Portugal, Argentina, Inglaterra e Itália com muita freqüência , com um grande poder ofensivo; a de Mano Menezes faz o contrário, começou perdendo da Argentina , depois nova derrota pra França empate com Holanda e agora essa frustração com a Venezuela. Em 450 minutos de bola rolando, só saiu um único golzinho contra a Romênia, e o Ronaldo Fenômeno, aposentado e acima do peso, em seus 15 minutos festivos, teve mais chances de gol que alguns ali na temporada toda!

Time mesmo, aonde está? Esquema? Até agora ninguém viu. Em um ano de trabalho o resultado é desanimador. O time tem uma dificuldade enorme de penetração, é muito lento , se embola lá na frente, conclui pouquíssimo a gol, sendo salvaguardado por essa defesa que é mesmo excepcional– embora ache que ainda falta o Maicon, que é mais lateral que o Daniel Alves.

Quando Mano assumiu o lema, da Globo-CBF era “precisamos ter paciência.” Tudo bem sejamos pacientes é sempre bom esperar mesmo pra observar um trabalho quando este começa. Mas, sinceramente, haja paciência!

A seleção precisa ganhar, ela vive de vitórias. A era Dunga deixou o torcedor mal acostumado, embora questionada pela imprensa, é inegável que ganhava sempre e com placares elásticos.

Mano, que foi mais agraciado que Dunga com essa boa safra do futebol brasileiro, tem a obrigação de fazer esses cracaços que tem na mão jogar bola. Obrigação.

E, por favor, é preciso deixar a vaidade de lado com uma certa urgência. Na entrevista de ontem ele estava falando com tanta pompa que já não dava nem pra entender mais o que dizia, até o timbre de sua voz está mudando.

Só a imagem e o Galvão empurrando não convence mais. A seleção brasileira precisa ganhar e fazer gols. São apenas 9 em 10 partidas, talvez a pior média dos últimos longos tempos, senão a pior.

Ganhar do Paraguai no sábado tornou-se obrigação para esse grupo.

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