quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Rio: Os efeitos da exploração destrutiva do capital já começam a aparecer no dia a dia.

Já estamos todos sentindo na pele os reflexos da política destrutiva de modelo cidade-empresa, implementada no Rio pelo grupo de Eduardo Paes, em que a lógica é a do lucro a qualquer custo - seja para os megaeventos e suas desapropriações desumanas, seja do comércio em geral, onde a ideia é arrancar o couro do freguês, ou uma simples entrada para um jogo de futebol onde um pai de família trabalhador não pode mais levar o seu filho.
O Rio agora é um lugar para poucos e o perfil pra se viver aqui está parecendo ser o dos espertos e endinheirados. Está virando a cidade do "pagou-levou", e cidadania por aqui está sendo trocada pela mentalidade estúpida do "já que paguei caro, posso fazer o que quiser"
E aí, é o salve-se quem puder, a intolerância vai aos poucos substituindo a velha e boa camaradagem do carioca. A falta de educação está beirando o insuportável, podem reparar, as pessoas se engalfinham por qualquer motivo, no trânsito ou nas calçadas, parece que a população incorporou a máxima dos poderosos e da elite predatória e vai pro espaço público levando toda a sua vontade de se dar bem.
O que poderia ajudar a inverter isso, é a Educação, o lugar onde formamos nossos cidadãos. Mas posso assegurar aqui que a coisa tá difícil. Entrar num escola pública e ver por todos os lados, cartazes afixados incentivando os jovens a empreender e observar as metas, que mais parecem peças publicitárias de liquidação de shopping center, realmente não é muito animador...
Mas apesar de tudo eu acredito na mudança. A força que eles estão fazendo para destruir a vida social dessa cidade, para transformar cidadãos em consumidores egoístas, espertos, e intolerantes uns com os outros, é grande, tem sido eficaz, mas ainda assim eu acredito que pode ser revertida.  Um outro Rio é possível, com mais amizade, mais descontração, menos competição e mais solidariedade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário